QUANDO A SABEDORIA DAS DANÇAS CIRCULARES SAGRADAS TOCA A EDUCAÇÃO

Postado por Coordenação FIAR em 13/maio/2018 - Sem Comentários

DUVIDOVICH, Marina Luar de Souza. Quando a sabedoria as danças circulares sagradas toca a educação. Dissertação (mestrado)- Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2018.

RESUMO
Colocando em diálogo danças circulares sagradas, educação e formação docente, o trabalho buscou conhecer histórias de professoras que entraram na roda da dança. Como, em suas trajetórias pessoais, encontraram as danças circulares? O que as levou, e ainda leva, a dançar?  Que relações fazem disso com a docência? Dentro do labirinto da pesquisa, tais questões foram fios que guiaram a definição e elaboração da proposta metodológica, traçada por caminhos não convencionais. Para a produção de dados foi utilizada a ferramenta Google forms, privilegiada por abranger uma extensa área geográfica, viabilizando o contato com um maior número de participantes, o que permitiu a expressão da diversidade, enriquecendo o material de pesquisa. Por meio dessa plataforma online, professoras-dançantes foram convidadas a contarem suas histórias. As abordagens (auto)biográficas de histórias de vida e formação ofereceram o suporte teórico, contribuindo para a interlocução com o material biográfico produzido, tanto das participantes quanto da autora. Considerando que as danças circulares sagradas são práticas que expressam saberes ancestrais, carregados de simbolismos, Carl Gustav Jung e James Hillman inspiraram e apoiaram o olhar sobre o tema, assim como ajudaram a amplificar sentidos e significados que emergiram das narrativas docentes. Cinquenta e nove participantes, de onze estados da federação, atuantes em diferentes níveis de ensino, compartilharam suas experiências com as danças circulares e, das histórias que contam, emergem preciosas lições de sabedoria docente-dançante/dançante-docente. Nos passos da roda de dança, centrar-se, auto-cuidar-se: dançar pode ser um caminho importante para o processo de autoconhecimento, mostram as narrativas docentes. Reconhecendo mudanças em si-mesmas, apontam reverberações positivas em sua prática docente, na interação com estudantes, colegas e com a comunidade escolar. Dançar em roda contribui para o exercício de uma escuta atenta, compreensiva e empática, fecundando relações pedagógicas menos verticais, mais dialógicas e democráticas. Considerando a inseparabilidade da pessoa na professora, as professoras-dançantes reafirmam que, se uma transformação íntima ocorre, consequentemente reflete na sua postura profissional. As narrativas apontam também para a crescente presença das danças circulares na Educação, e chamam a atenção para o papel da universidade, por meio do ensino, pesquisa e extensão, para a divulgação e  expansão da prática.

Palavras-chave: Danças circulares, formação docente, formação estética, educação intercultural, narrativas (auto)biográficas.

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