Postado por Coordenação FIAR em 16/nov/2025 - Sem Comentários
Como um desdobramento da pesquisa que colocou em diálogo educação infantil, arte, cultura e formação docente no território do extremo leste da cidade de São Paulo, este artigo visibiliza narrativas de práticas docentes que ultrapassam os muros da escola e caminham com as crianças ao (re)encontro com a arte e a cultura na periferia paulistana. Assumindo o caminhar como ato estético (Labbucci, 2013) e as abordagens (auto)biográficas (Bragança, 2018; Delory-Momberger, 2012; Josso, 2004) como mapas para o percurso teórico-metodológico, seguiu-se pelos caminhos da memória para localizar e organizar (guar)dados – como registros escritos, peças audiovisuais e fotografias – que contam histórias de experiências estéticas compartilhadas com crianças de uma Escola Municipal de Educação Infantil, no bairro Cidade Tiradentes, entre 2015 e o início de 2021. A caminhada, por veredas físicas e da memória, possibilitou a composição de um inventário poético, no qual as belezas do fundão da periferia da Zona Leste foram amplificadas, com a intensidade de encontros que só o andarilhar no território educativo-cultural, com as crianças, poderia oferecer. No inventário, constituído com imagens e palavras, elementos de um projeto de formação estética são enunciados, reafirmando que a arte, na Educação Infantil, precisa ter a força da formação estética, (con)fiada na escuta – das crianças e do território.

Postado por Coordenação FIAR em 16/nov/2025 - Sem Comentários
Saiu o volume 3 de 2025 da RIAE: “Formação docente, Educação Infantil e Arte: Mobilizar Sentidos, Desvelar Belezas”!
Esta edição, organizada pelas Professoras Doutoras Luciana Ostetto (UFF), Adrianne Guedes (UNIRIO) e Luciane Goldberg (UFC), convida professoras/es, pesquisadoras/es e estudantes a repensarem a Educação Infantil pela via da estética, da sensibilidade e da potência da arte. É um dossiê que fala de formação docente com imaginação, cuidado, criação e beleza, entendida não como enfeite, mas como força que move, sensibiliza e transforma práticas educativas.
Os textos vêm de pesquisadoras/es do Brasil e de outros países, compondo uma paisagem diversa, sensível e cheia de caminhos possíveis para pensar uma pedagogia mais viva, crítica e poética.
É um dossiê feito de encontros, entre universidade, escola, arte e infância, e está lindo, potente e cheio de inspiração
Já está disponível no site da RIAE!
https://www.e-publicacoes.uerj.br/riae/issue/view/3400

Postado por Coordenação FIAR em 16/nov/2025 - Sem Comentários
Palavras-chave: Registro, Documentação Pedagógica, Educação Infantil
Resumo
Este relato de experiência busca refletir sobre o ato do registro do educador da Educação Infantil, uma escrita permeada por suas observações e com suas provocações sobre as vivências junto às crianças de uma escola pública do município de Niterói/RJ, com crianças na faixa etária de 3 a 5 anos. Destacamos o registro escrito e fotográfico das interações das crianças com a argila e as sensações que foram manifestadas na experiência sensorial como possibilidade de partilhar o vivido, contextualizando a narrativa, mas também projetando situações pedagógicas desafiadoras, visto que a revisitação do cotidiano vivido junto às crianças é fundamental para refletir sobre o passado, e repensar as próximas ações, ou seja, planejar. Nesse processo, avaliar a organização do trabalho pedagógico aparece como uma das práticas essenciais da docência. Como recorte metodológico utilizamos a pesquisa narrativa (auto) biográfica em educação.
Postado por Coordenação FIAR em 29/out/2025 - Sem Comentários
DE MELLO, GRAZIELA FERREIRA; SILVA, Greice Duarte de Brito; NEVES, Maria Helena Helena Dantas dos Santos. OCUPAÇÃO VIRTUAL: DA FIAÇÃO DE PROPOSTAS À TRAMA ANTIRRACISTA. Revista Interinstitucional Artes de Educar, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 571–585, 2021
O presente texto apresenta a ocupação virtual desenvolvida por três fiandeiras-pesquisadoras, entre maio e setembro de 2020, na ação “Fiar com o FIARi na quarentena”. Realizada na página do grupo de pesquisa no Facebook, comoalternativa para suscitar o diálogo com professores e interlocutores diversos em tempos de suspensão, durante a crise da COVID-19. Da proposta “Fiar com propostas de educação antirracista”, destaca-se o papel da curadoria educativa e das narrativas (auto) biográficas como possibilidade de formação e ampliação de repertórios. Na direção de pedagogias vitais, a curadoria de conteúdo e forma inspirou outras estratégias interativas, ajudando a ressignificar afetos individuais e coletivos, tão importantes no caminho de engajamento contra o racismo.
Inscrito no diretório do CNPq como FIAR – Círculo de Estudo e Pesquisa Formação de professores, Infância e Arte. http://fiar.sites.uff.br/
Postado por Coordenação FIAR em 16/maio/2023 - Sem Comentários
SILVA, Greice Duarte de Brito. Poéticas negras, formação e prática docente na educação infantil: arte e estética (empre)tecidas. 2022. 282f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2022.
RESUMO:
Histórias, bordadas pelas vivências da negritude, re-existem nesta tese, pelos sentidos da memória. Irrompem a partir da poética de mulheres-artistas negras, caracterizada pela beleza descolonizada, vívida e fértil, que vem de Oxum, orixá-símbolo do poder feminino. No coração da pesquisa, encontram-se as artes visuais de Rosana Paulino, as escrevivências de Conceição Evaristo, as cirandas de Lia de Itamaracá, dentre outras que incorporam culturas negras. Neste compasso, analisa a contribuição das poéticas de artistas negras para a formação docente, sob a perspectiva da relação entre estética, arte e vida, que pela opção decolonial endossa a construção de subjetividades desmascaradas (GOMEZ e MIGNOLO, 2012; ACHINTE, 2013; 2017). Processos de formação docente, compreendidos a partir das histórias de vida e de narrativas autobiográficas (JOSSO, 2010, entre outros), foram relacionados aos saberes ancestrais: como sankofa, símbolo traduzido pela volta ao passado em busca do que se esqueceu, e o poder da oralidade, na tradição viva (BÂ, 1982). Tecida pelas veredas de uma metodologia errante (OSTETTO, 2019) e sob o cenário pandêmico, a pesquisa utilizou fer- ramentas digitais para a produção de dados: a) formulário online, pelo qual uma consulta a professores e professoras da Educação Infantil da rede pública do município de Niterói/RJ permitiu delinear um mapa dos hábitos culturais, com o conhecimento de artistas, espaços e/ou manifestações culturais relacionadas às tradições africanas, afro-brasileiras e/ou cenários socioculturais do negro no Brasil; b) cinco encontros-ateliês narrativos, via comunicação por vídeo, com seis professoras autodeclaradas negras, que dentre as respondentes, aceitaram o convite à interlocução. Como um aquilombamento, a experiência de estar juntas, partilhando histórias e memórias, com suas dores e belezas, transversa ao encontro com a/na Arte e Cultura Negras, expandiu-se em um campo formativo. O ato de compartilhar poéticas negras, abriu um campo dialógico fértil com as professoras: o espaço para relatos de experiências de vida, provocados pelos saberes-fazeres de artistas negras, mostrou-se importante para um fazer/fazer-se liber- tário. As narrativas evidenciaram tempos, territórios, figuras de ligação, vivências culturais, objetos biográficos das docentes e princípios estruturantes de discursos pedagógicos. Revelaram, também, como uma escuta sensível, que considera princípios éticos, políticos e estéticos, pode conduzir a novas situações pedagógicas, ampliando o trabalho com ERER na Educação Infantil. Incluir manifestações artístico-culturais, dar a conhecer artistas e espaços culturais que inserem o indivíduo negrodescendente como profissional das Artes Visuais, Teatro, Dança e Música, são ações que podem desencadear outros gestos, imagens e linguagens, fortalecendo perspectivas participativas e antirracistas. Nessa direção, os encontros-ateliês narrativos, foram validados como proposta metodológica de formação docente: ampliam a experiência com as linguagens artísticas e, quando mediados pelo contato com poéticas de artistas negros e negras, intensificam o conhecimento acerca da arte e cultura negras, permitem apurar os significados de pertencimento étnico-racial e alargar repertórios estéticos docentes. Confiar na poética de mulheres-artistas negras, como guia de um processo de pesquisa- formação, reafirmou a experiência estética como processo cotidiano, tecido com os fios de uma estética que expressa um desejo de significar a vida pela opção decolonial, no exercício de libertação de subjetividades que desloca a consciência de ser, de sentir, de pensar, de ver, de narrar-se. Uma estética que ajuda a (empre)tecer à docência com crianças pequenas, acolhendo as diferenças, com dignidade e confiança, mesmo em condições críticas.
PALAVRAS-CHAVE: Formação Estética Docente, Educação Infantil, Professoras Negras, Poética e Estética Negras, Abordagens (Auto) biográficas
Postado por Coordenação FIAR em 16/maio/2023 - Sem Comentários
BIBIAN, Simone. Professoras das infâncias e museus de arte: tecendo encontros, entrelaçando saberes na rede. 2022. 282f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2022.
RESUMO:
Esta pesquisa se propôs a identificar e discutir o lugar que os saberes e as narrativas de docentes das infâncias ocupam e/ou poderiam ocupar nas ações educativas dos museus de arte. Buscando uma nova forma de aproximação entre museu e escola, e privilegiando a abertura de espaços de diálogo, onde as múltiplas dimensões formativas (saberes acadêmicos, práticas, experiências, sonhos, memórias) pudessem ser acolhidas, a metodologia proposta foi sustentada na ideia de conversar com professoras de educação infantil. Inspirada em Walter Benjamin (1987), nos pressupostos teórico-metodológicos das abordagens (auto)biográficas e das histórias de vida e formação (JOSSO, 1999; BRAGANÇA, 2008 e 2012; DELORY-MOMBERGER, 2016; PASSEGGI, 2011), a pesquisa contou com a colaboração de nove professoras de Educação Infantil da Rede Pública de Niterói e compreendeu duas etapas: encontros individuais (online), para conversar sobre os temas que circulam na pesquisa proposta – percursos que as levaram à docência, seus contatos com a cultura, a arte na escola, museu e arte brasileira do século XIX; ateliê (online), configurado como um projeto de formação, formulado a partir das narrativas dos encontros. O projeto de formação, chamado “Olhares Múltiplos – ateliê artístico e poético”, desenvolvido como segunda etapa da pesquisa, utilizou como dispositivos o podcast e o grupo de discussão via Facebook, tendo como fio condutor as obras de arte brasileiras do século XIX que, nos encontros online realizados, foram mais citadas pelas professoras. Dos achados, a tese discute como a formação estética proposta se entrelaçou com narrativas autobiográficas, trazendo novas possibilidades de diálogo com docentes da infância; as reverberações do contato das professoras com a arte e a potencialidade do uso das novas tecnologias, no caso o podcast e o Facebook, como dispositivos que podem sustentar propostas de formação que articulam educação e arte. Práticas e concepções que aparecem nas narrativas das professoras, sobre arte na escola, também foram matéria de discussão e análise. Por fim, buscando responder à pergunta fundante da pesquisa – O que pode o museu aprender com docentes da educação infantil sobre acolher crianças em seus espaços? – uma lista com as “Dez lições que as professoras ensinam aos museus” foi elaborada. Ao propor a formação estética de professores e professoras das infâncias e as possibilidades de contribuição do museu e das novas mídias para a ampliação de seus repertórios artístico-culturais, espera-se que esta pesquisa amplie a discussão sobre as possibilidades de entrelaçamento de saberes, levando em conta, também, as dificuldades impostas pela pandemia.
PALAVRAS-CHAVE: Educação museal, Educação Infantil e Arte, Formação Estética de Professores, Educação e novas mídias, Pesquisa na pandemia.
Postado por Coordenação FIAR em 16/maio/2023 - Sem Comentários
MOTTA, Xênia Fróes da. Entre o visível e o invisível: tempos e espaços da arte nas narrativas de professoras da educação infantil. 2022. 237 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2022.
RESUMO:
Ouvir histórias e saber contar histórias, é uma arte, que se conserva no ato mesmo de contar e ouvir, contar e ouvir mais uma vez, e outra vez mais, como diz Benjamin (2010). O desejo de ouvir e (a)colher histórias de professoras de Educação Infantil, sobre suas experiências e práticas pedagógicas com a arte, foi o fio que teceu a pesquisa. O objetivo de identificar fundamentos do trabalho com a arte na educação infantil, mapeando e analisando referências teóricas e artísticas evocadas em narrativas docentes sobre suas práticas, guiou o percurso. Pelas trilhas das abordagens (auto)biográficas (ABRAHÃO, 2003; JOSSO, 2004; PASSEGGI; SOUZA; VICEN – TINI, 2011), entrelaçou arte, educação infantil, memórias, experiências, formação estética e narrativas docentes. A conversa de base dialógica (FREIRE, 1989; 1996) e a fotografia – como mediadora de rememorações (DELORY -MOMBERGER, 2014) e como narrativa visual (VIADEL; ROLDÁN, 2012; EGAS, 2017) –, foram tomadas como dispositivos de apoio ao tecer narrativo das experiências docentes. No contexto da pandemia de Covid -19, considerando a imposição do distanciamento, foram realizados quatro encontros, por meio de plataforma virtual, com três professoras de Educação In – fantil da Rede Municipal de Educação da cidade do Rio de Janeiro/ RJ, configurados como “conversas pelas janelas virtuais” (MELLO, 2021). As professoras foram convidadas a partilhar fotografias dos espaços em que atuam e, por meio delas, contar seus percursos e relação com a arte, na prática pedagógica, nos espaços habitados com as crianças. As conversas foram gravadas, transcritas, textualizadas e organizadas em cinco grandes grupos narrativos, constituídos, prioritariamente, com palavras e imagens (re)colhidas das narradoras – -participantes: retrato das professoras; diálogos sobre o cotidiano; espaços da prática docente em fotografias; escolhas estéticas; arte nas propostas e experiências partilhadas com as crianças. Com o conjunto de narrativas organizado, o estabelecimento de chaves de leitura permitiu traçar interpretações e considerações, ampliando o diálogo e a compreensão de pontos definidos como essenciais na temática pesquisada: conexões entre os objetos autobiográficos e as materialidades das salas de referência; modos de ver e fazer arte evidenciados nas paredes e murais; inventário de propostas, linguagens e materialidades; olhares e escutas sobre o que é arte; lastros formativos da pesquisa. Sobre a concepção de arte, as narrativas docentes apontam definições em palavras -chave: criação, expressão, emoção, produção, experimentação, sonho, estética, cultura. Sobre o trabalho com a arte na Educação Infantil, perpassa as narrativas uma ideia ampliada, que rompe com os cânones, por exemplo, das materialidades e das formas, da percepção do belo. Como dizem as professoras: arte não é só o quadro na parede, também é uma estamparia; não é só pintura, uso do pincel, é também literatura, manifestações populares, contação de história, composição com materiais não estruturados, além do estritamente artístico. O entrelaçamento de linguagens, observado pelos marcadores presentes nas fotografias das salas, assim como no testemunho docente, traz à luz a visão de que arte atravessa o cotidiano, está em tudo.
PALAVRAS-CHAVE: Arte na Educação Infantil, Dimensão estética do ambiente educativo, Conversa como dispositivo de pesquisa, Narrativas (auto) biográficas, Formação estética docente
Postado por Coordenação FIAR em 16/maio/2023 - Sem Comentários
SILVA, Vilma Justina da. Ateliês de espaços efêmeros na formação estética docente: atravessamentos e ressonâncias. 2022. 345f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2022.
RESUMO:
Com o objetivo de analisar a contribuição da organização de ateliês de espaços efêmeros, como dispositivos de formação estética docente, a pesquisa foi desenvolvida por meio da proposição de encontros-ateliês, com 13 estudantes do curso Mestre d’Educació Infantil (Graduação em Professor de Educação Infantil) da Universidade de Girona (ES), matriculadas na disciplina optativa ‘‘El taller em el primer ciclo d’Educació Infantil” daquela universidade. Os referenciais teórico-metodológicos que sustentaram a investigação, decorrem das abordagens autobiográficas (JOSSO, 2010; PAS – SEGGI, 2010), da perspectiva de ateliês como dispositivos formativos e da essencialidade do fazer a mão (OSTETTO e BERNARDES, 2015; OSTETTO, 2019) e da pesquisa baseada em artes, com a utilização da linguagem fotográfica, na perspectiva do foto-ensaio (ROLDÁN e VIADEL, 2012). A discussão sobre a dimensão estética, aspecto central na pesquisa, é traçada em diálogo com os estudos de Eisner (2008), Juanola e Calbó (2004), Juanola (2006), fundamentando uma visão mais holística deste campo, que considera a articulação entre cultura estética e artística, de modo a evitar fragmentações. Na base desta visão está a concepção de que a arte proporciona não apenas o refinamento dos sentidos, o desfrute das qualidades estéticas de tudo que nos rodeia, mas se transforma em chave que abre possibilidades para o reconhecimento do outro, impulsiona o conhe – cimento, o contato e a identificação com as diferentes culturas. O conceito de espaço efêmero de formação estética docente, um dos resultados do estudo, construído no diálogo com os campos da arte, da arquitetura e da educação, é enunciado como um ateliê expandido, sem base física fixada e sem fronteiras, no qual não apenas a atividade proposta é importante, mas o espaço em si, com suas propriedades, funciona como um dispositivo para ativar a experimentação de sensa – ções distintas das usuais, para provocar fruição na relação com os elementos disponíveis, fecundar sentimentos, pensamentos, intuições, sensações, em rupturas de sentidos. Neste quadro teórico e metodológico, o percurso da investigação aponta que a proposição de ateliês, como espaços efêmeros de formação estética, oportunizou o (re)encontro das estudantes-professoras com suas memórias estéticas. Desta maneira, a tese argumenta que a formação docente para a infância pode ser impulsionada por meio de propostas que articulam a dimensão ética, estética e política, no cultivo de exercícios de memória e do fazer à mão, com todos os sentidos, experimentados em espaços efêmeros, com a natureza, a arte e a cultura. A abertura para saberes e fazeres sensíveis, potencializa os processos formativos ao longo da vida, rearticulando-os à prática docente.
PALAVRAS-CHAVE: formação estética docente, espaços efêmeros de formação, educação infantil, Pedagogia e arte
Postado por Coordenação FIAR em 16/maio/2023 - Sem Comentários
LIRA, Iasmim Cavalcanti Caballero . Arte, infância e práticas pedagógicas na Educação Infantil: narrativas de professoras de Arte. 2021. 172f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.
RESUMO:
Minha prática como professora de Arte e as diversas inquietações advindas do contato com as crianças pequenas me impuseram a necessidade de ampliar conceitos e práticas envolvidos no trabalho com arte na Educação Infantil, pois as especificidades dessa etapa educacional demandam conhecimentos que não estão presentes no currículo de licenciatura em Arte. Observando as crianças, atentando para os modos próprios de se expressarem e avaliando as propostas que eu lhes oferecia, fui provocada a refletir sobre outras formas de equacionar educação, arte e infância, perguntando-me: quais as relações possíveis entre Arte e Pedagogia? O que define os papéis do professor de referência de um grupo e o professor de arte? O que os aproxima e/ou distancia? A pesquisa foi conduzida a partir desses contextos e dessas questões. Para desenvolvê-la, realizei um levantamento das produções sobre o tema, analisando os trabalhos apresentados nas reuniões nacionais de duas associações de pesquisa, uma de Educação e outra de Arte: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) e Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (ANPAP), e também fui ao encontro de professoras de arte, para ouvir suas narrativas sobre concepções e práticas na Educação Infantil. A partir de minhas memórias de formação, articulo questões apontadas por colegas professores de arte (com os quais tive contato através de um fórum virtual em um curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais) e prossigo, no diálogo com autoras do campo da Arte e da Pedagogia (tais como Albano, Ostetto, Rangel, Holm, Vecchi), para, então, estabelecer um campo de significados sobre a temática e sustentar teoricamente a pesquisa. Considerando o contexto de isolamento físico, imposto pela pandemia causada pelo novo coronavírus, para a produção de dados utilizei-me do dispositivo “conversa virtual”. Em busca de narrativas que acolhessem dados experienciais sobre concepções e práticas docentes com arte na infância, conversei, em um encontro coletivo via plataforma digital, com seis professoras com formação em Arte que atuam ou atuaram na Educação Infantil. O encontro foi gravado, seu conteúdo transcrito e as narrativas docentes foram textualizadas. A partir de chaves de leituras, constituídas no exercício de percorrer atentamente as narrativas, foram identificados temas que possibilitaram compor um diálogo com as questões da pesquisa: “concepção de criança”, “estar juntos: princípio pedagógico”, “materiais e suportes”, “arte com os maiores”, “produtos e exposições”, “processos e experiências”, “expectativas x realidade” “relação professores(as) de arte/pedagogos(as)” e “professores(as) de arte na Educação Infantil”. Destaco, nas reflexões, questionamentos e vislumbres de caminhos para um diálogo mais coerente entre os campos da Arte e da Educação Infantil.
PALAVRAS-CHAVE: Arte na Educação Infantil, Docência em arte na educação infantil, Formação estética, ateliê, Arte e Pedagogia
Postado por Coordenação FIAR em 16/maio/2023 - Sem Comentários
MELLO, Graziela Ferreira de. No álbum da memória: a cidade, a infância de professoras e a formação estética. 2021. 174f. Dissertação (Mestrado em Educação)- Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.
RESUMO:
Na legislação da Educação Infantil, os princípios estéticos figuram como diretrizes para a elaboração das propostas pedagógicas em creches e pré-escolas. Sendo assim, pensar a formação estética de professores que trabalham com as infâncias é uma demanda importante. A presente pesquisa pretende contribuir para a discussão sobre tal formação: ao tomar a cidade como campo de formação estética, investiga como o contato com os espaços da cidade em que um grupo de professoras cresceu, atuou em sua percepção e formação. Que espaços da cidade frequentavam quando crianças? Os equipamentos culturais e artísticos foram presentes em seus percursos? Que relações e experiências vividas com/na cidade consideram importantes para a formação de sua sensibilidade estética? A partir das memórias da autora com a sua cidade, atravessadas por imagens fotográficas capturadas pelas lentes de seu avô, a pesquisa vai em busca de narrativas docentes, para colocar em diálogo essas experiências e ampliar seus sentidos na jornada de formação. Com o aporte teórico-metodológico das abordagens (auto)biográficas e narrativas, os dados foram produzidos por meio de encontros com cinco professoras de Educação Infantil que atuam na cidade de Niterói/RJ e que passaram suas infâncias nesta cidade. Os encontros, marcados pela reinvenção, imposta pelos tempos pandêmicos que atravessamos, configuraram-se como conversas pelas janelas virtuais: para escutar as histórias de infância com/na cidade, as conversas foram realizadas via plataforma digital, em momentos diferentes, com cada uma das professoras. Buscou-se amplificar possibilidades de rememoração e narrativas de si por meio de imagens fotográficas da cidade e/ou das participantes na cidade. Gravadas e posteriormente transcritas, as conversas foram textualizadas e, inspiradas na escrita benjaminiana, principalmente no conjunto de textos Infância em Berlim por volta de 1900, foram organizadas em fragmentos de narrativas, pequenas crônicas. As histórias com/na cidade, capturadas na leitura atenta das narrativas partilhadas, foram entrelaçadas, constituindo fios de sentidos que revelam percursos de formação estética atravessados por diferentes espaços (de arte, de cultura ou junto à natureza), intimamente relacionados aos grupos de convívio a que pertencem e às suas práticas sociais, como frequentar um clube, brincar o Carnaval, participar de manifestações populares, ir à praia e a parques públicos.
PALAVRAS-CHAVE: Formação estética na cidade, Cidade e memória, Infância e cidade, Formação de Professores, Narrativas Autobiográficas.
Teses, dissertações e artigos produzidos por pesquisadoras e colaboradoras vinculados ao FIAR.