Postado por Coordenação FIAR em 20/dez/2025 - Sem Comentários
Autoras: Luciana E. Ostetto e Ana Grazyele da Silva Araujo. Acesse aqui
O texto está na obra “Literatura infantil, arte formação de professores e práticas pedagógicas: reflexões por diferentes territórios educativos” / organizadores Aline de Fátima Sales Silva, José Firmino de Oliveira Neto. Goiânia, GO: Editora Educação Literária, 2025. As autoras apresentam os resultados da pesquisa “Arte na Educação Infantil: memória, formação e práticas docentes”. Assim, imbricadas aos pressupostos teórico-metodológicos da pesquisa narrativa e (auto)biográfica (re)contam com as professoras os saberes e fazeres relacionado à arte nas propostas pedagógicas desenvolvidas com a crianças pelos territórios de Educação Infantil de Niterói (RJ), de modo a articularem memória, formação e prática pedagógica.
Postado por Coordenação FIAR em 20/dez/2025 - Sem Comentários
Autora: Mariana Soares Dantas. Acesse aqui
O artigo compõe o dossiê “Formação Docente, Educação Infantil e Arte: Mobilizar Sentidos, Desvelar Belezas”, v. 11 n. 3 (2025)
Palavras-chave: Brincadeira e docência, Contextos Investigativos, Educação Infantil, Narrativas autobiográficas, Formação estética docente
Este texto relata a experiência da oficina Brincadeiras em contextos investigativos na Educação Infantil: miudezas em foco, idealizada e dinamizada pela autora durante a III Semana de Pedagogia da Universidade [suprimido para garantir anonimato], no mês de maio de 2025. A oficina nasceu das reflexões acerca do tema que vem sendo desenvolvido na pesquisa de mestrado, que conta com financiamento-bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e aborda a dimensão brincante na formação e na prática docente na Educação Infantil. O relato sistematiza processos de criação, (com)partilhamento e reverberações da oficina brincante, sonhada a partir das questões que também mobilizam a referida pesquisa: Ser brincante é uma característica essencial ao/à professor/a das infâncias? Como se formam professores/as brincantes? A elaboração textual da experiência vivida foi inspirada na perspectiva narrativa das abordagens (auto)biográficas (Nóvoa, 2014; Ostetto e Kolb-Bernardes, 2015; Josso, 2007).
Postado por Coordenação FIAR em 20/dez/2025 - Sem Comentários
Autora: Miriam Nogueira de Maltos. Acesse aqui
Palavras-chave: Registro, Documentação Pedagógica, Educação Infantil, Práticas Docentes, Narrativas autobiográficas, Documentação
Resumo: Desenvolvida no âmbito da Linha de pesquisa Linguagem, Cultura e Processos Formativos (LCPF), no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense, e vinculada ao Círculo de Estudo e Pesquisa Formação de Professores, Infância e Arte (FIAR), a pesquisa propõe o encontro-diálogo com professoras de Educação Infantil sobre o registro da prática pedagógica. O registro e a documentação pedagógica, conceitos basilares da fundamentação teórica e da interpretação dos dados da pesquisa, são estudados na perspectiva de sua compreensão aprofundada, cotejando referenciais nacionais e internacionais (Reggio-Children, 2021; Edwards; Gandini; Forman, 1999; Freire, 2023; Warschauer, 2017; Ostetto, 2018). Considerando o encontro como espaço polifônico, que fertiliza tempos de rememoração, reflexão e avaliação sobre a jornada de vida-formação-prática docente, tomou-se a entrevista narrativa (Jovchelovitch; Bauer, 2002) como inspiração para criar um lócus de compartilhamento de experiências e produção de relatos (auto)biográficos, tentando superar o esquema pergunta-resposta de entrevistas clássicas. As questões que impulsionaram a investigação – Como as professoras concebem e praticam o registro, na dinamicidade institucional? Qual o tempo-espaço que possuem para registrar? Onde aprenderam a registrar? O que dizem sobre registro e documentação pedagógica? -, pautaram os encontros, configurados no marco teórico-metodológico da pesquisa narrativa (auto)biográfica (Delory-Momberger, 2012; Josso, 2004; 2007; 2014 e 2009; Ostetto; Kolb-Bernardes, 2015; Passeggi, 2008; entre outros). Neste marco, a ação de dialogar com as professoras de Educação Infantil também mobilizou a pesquisadora a partilhar seus percursos como docente que faz do registro uma possibilidade de tecer memória e história. Desta maneira, o material (auto)biográfico foi (a)colhido por meio da abertura à escuta sensível (Rinaldi, 2016) das experiências – da pesquisadora e de outras duas professoras, que participaram das entrevistas narrativas. Realizadas em momentos e lugares distintos com cada uma das participantes, as entrevistas foram gravadas, transcritas e textualizadas. A leitura atenta, pausada e cuidadosa das narrativas, permitiu o aprofundamento e refinamento do olhar em repetidos processos de releitura, tal como indicado na base teórico-metodológica assumida. Assim, buscou-se tecer diálogos pelas vias interpretativas, para capturar sentidos, mapear caminhos trilhados com o registro no cotidiano educativo e dar a conhecer concepções e modos próprios de registrar. As experiências das professoras lançam luzes para as tipologias de registros que são produzidos no chão da escola e deixam ver que a formação inicial pouco contribuiu para a aprendizagem deste instrumento da prática docente. Indicam que há o desejo de refinar suas práticas no caminho mais sensível do pensar e do fazer, mas são raras as oportunidades de formação no próprio local de trabalho: buscam cursos e formações por conta própria, muitas vezes tendo que investir monetariamente. Das concepções vislumbradas, nota-se a preponderância do registro, pouco se fala de documentação pedagógica: registram na intenção de deixar marcado o que viveram em um dia, uma brincadeira, um acontecimento, uma proposta, uma história inventada. Como um testemunho visual destas vivências, os registros também são materialidades para a comunicação com as famílias, a escola e a comunidade escolar. Todavia, se as narrativas contam da percepção sobre a necessidade da observação, do registro e da reflexão sobre a ação pedagógica e as crianças, também denunciam que, dentro da escola, não há tempo para isso.
Postado por Coordenação FIAR em 20/dez/2025 - Sem Comentários
Autora: Laís Vilela Gomes. Acesse aqui
Palavras-chave: Formação estética docente, Território educativo-cultural, Narrativas autobiográficas, Educação Infantil, Caminhar, Narrativa, Formação de professor
Resumo: Esta pesquisa-caminhante atravessa o território educativo-cultural da periferia da zona leste paulistana, para buscar-encontrar vestígios da formação estética docente, sobretudo relacionada à Educação Infantil. Desenvolvida no âmbito da Linha de pesquisa Linguagem, Cultura e Processos Formativos, do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense, e vinculada ao FIAR – Círculo de Estudo e Pesquisa Formação de Professores, Infância e Arte, teve por objetivo (re)conhecer elementos para um projeto de formação docente, a partir de um inventário de experiências estéticas da autora, vividas nos caminhos percorridos – como moradora, professora de Educação Infantil e coordenadora pedagógica – pelo território educativo-cultural da zona leste de São Paulo. Pelas trilhas das escritas de si, com os fundamentos das abordagens narrativas (auto)biográficas (Josso, 2007; 2010; Passeggi, 2010; Bragança, 2016) e do caminhar como ato estético (Labbucci, 2013), a pesquisa se fez em diálogo com a cidade. Com a periferia da cidade (D’Andrea, 2013) – seus cheiros, suas cores, seus sons, suas existências e (re)existências, sua vida. O ato de vasculhar os (guar)dados, matéria da memória – registros escritos, peças audiovisuais e fotografias de experiências compartilhadas com crianças e professoras da EMEI Professora Doraci dos Santos Ramos, no bairro da Cidade Tiradentes, entre 2015 até o início de 2021 -, fundou e sustentou a caminhada ao (re)encontro com a periferia. O caminhar, assumido também como dispositivo metodológico, se deu por meio de três passos-andarilhos: 1º Passo-andarilho: andanças, por vias da memória; 2º Passo-andarilho: compor um inventário poético de experiências estéticas vividas no território; 3º Passo-andarilho: (re)conhecer elementos para um projeto de formação estética docente. Depois de caminhar por veredas físicas e da memória e de inventariar poeticamente os (guar)dados – utilizando linguagens múltiplas, em especial fotografias, consideradas pensamento visual (Roldán, 2019; Egas, 2018) -, muitos espaços foram encontrados: o Centro de Assistência Social São Clemente; a Biblioteca Comunitária Solano Trindade; a Casa de Cultura Hip Hop Leste; o Centro de Referência de promoção da igualdade racial; praças, campo de futebol, vielas; um parquinho escondido com galinhas, a chácara de um comerciante no bairro com árvores frutíferas e flores. Rememorar, narrar e refletir sobre as experiências vividas, permitiu (re)conhecer que a periferia (re)existe com gente; homens, mulheres e crianças que, por meio da Arte, da Cultura e da Educação, constituem o que concebo como território educativo-cultural. Um território que pode contribuir para um projeto de formação estética docente, quando compreendemos a formação como relação: relação de cada docente consigo, com os outros, com o mundo. Uma relação que se faz passo a passo, no deslocamento: caminhando – com sentidos abertos, para desabituar olhares e criar oportunidade para diferentes encontros; caminhando – para ativar sentidos, descobrir e contemplar belezas que (re)existem nas brechas da periferia. A pesquisa afirma que é preciso caminhar para poder ver – e encontrar – o que está fora dos muros da escola, e se firma como uma atitude comprometida com tantas outras professoras que vivem a educação pública na periferia de São Paulo, especialmente as do fundão da Zona Leste.
Postado por Coordenação FIAR em 20/dez/2025 - Sem Comentários
Autora: Amanda Lobosco Pinto. Acesse aqui
Palavras-chave: Criança e Natureza; Pandemia; Narrativas autobiográficas docentes; Educação Infantil
Resumo: Como garantir às crianças o contato com a natureza, que é seu direito? Como oportunizar experiências em liberdade, em espaços abertos? Entre a criança e a natureza, certamente há um adulto, que possibilita ou impede sua experiência. No caso da Educação Infantil, o que as professoras teriam a contar, sobre organizar tempos, espaços e experiências junto à natureza, com as crianças, em tempos pandêmicos? Na trilha desses questionamentos, seguiu a pesquisa de mestrado, desenvolvida na Linha de Pesquisa Linguagem, Cultura e Processos Formativos, do PPGEdu da Universidade Federal Fluminense – UFF. O objetivo geral foi mapear experiências de professoras da Educação Infantil pública do município de Niterói, que aproximam crianças e natureza, no contexto da pandemia de covid-19, a partir de suas narrativas. Considerando a importância das narrativas docentes, como fios que tecem a partilha de suas experiências, o diálogo com os pressupostos da pesquisa narrativa, no âmbito das abordagens autobiográficas (Bragança, 2008; Josso, 1999; 2010; Nóvoa, 2009) fundamentou o percurso teórico-metodológico. Tendo em vista o contexto pandêmico, cujos protocolos sanitários impunham o distanciamento físico, a produção de dados foi viabilizada por meio de “conversas pelas janelas virtuais” (Mello, 2021), com professoras de Educação Infantil da Rede Pública de Niterói/RJ. As conversas foram gravadas, transcritas, apresentadas às participantes e, com sua concordância, textualizadas para comporem a dissertação. As narrativas falam da relação com a natureza – nas memórias de infância, na vida pessoal e profissional, na pandemia, com as crianças, na Educação Infantil -, e são apresentadas em conjuntos de pequenas histórias, cuja forma é inspirada nas mônadas de Benjamin (1987). O diálogo com a matéria viva das narrativas lançou luzes para a relação criança, professoras e natureza na pandemia: novas formas de aproximação, entre a escola e as crianças, foram pensadas e experimentadas – na virtualidade, partilhando paisagens e elementos naturais, como os bichos do sítio e as vagens do feijão, por meio de vídeos produzidos e videochamadas; como um ato de resistência e de desobediência pedagógica, a cidade, a praça, o parque, cada cantinho ao ar livre da escola, foram tomados como lugares fundamentais para garantir o direito das crianças à convivência. As experiências de professoras que inserem a natureza como temática e como vivência em seu cotidiano, ousando sair dos muros escolares, guiadas pela consciência da cultura pelo bem viver com o corpo e mente em desejo, alegria e liberdade, são inspiração. Afirmar um modo de convívio amoroso, fundamentado na ética do cuidado, que concebe o ser humano como parte da natureza, é confiar na invenção de outras educações, desfazendo os entraves conceituais e práticos que separam natureza e vida, vida e educação, criança e natureza, docência e experiência.
Postado por Coordenação FIAR em 20/dez/2025 - Sem Comentários
Autoras: Luciana E. Ostetto e Maria da Assunção Folque. Acesse aqui
Palavras-chave: Narrativas autobiográficas; Formação estética docente; Pesquisa-formação: metodologia; Encontros-ateliê; Memória: infância
A formação estética docente, relacionada a processos, experiências e repertórios que contribuem para alargar a sensibilidade e ampliar as possibilidades de interpretação e de atuação no mundo, é o foco do presente artigo, resultado de investigação realizada com professoras em formação inicial. Situado no campo teórico-metodológico das abordagens autobiográficas, o estudo articulou fundamentos de uma pedagogia da autonomia e práticas artísticas. O trabalho com múltiplas linguagens sustentou os saberes-fazeres de encontros-ateliê, principal dispositivo de geração de dados biográficos, arquitetado para perscrutar a questão: O que marca a educação das sensibilidades de professoras em formação inicial? Caracterizado como espaço para o exercício de rememorar e tecer narrativas de processos formativos, nos encontros-ateliê fez-se uso de artefatos artístico-expressivos, até chegar à escrita narrativa. Os percursos visibilizados indicam que: a formação estética vai sendo tecida, desde a infância, com miudezas, com fios não apenas da arte, mas sobretudo da/na natureza; as experiências estéticas, que conectam sensibilidade e cognição, fazem-se com a presença de figuras de ligação que ajudam a ampliar sentidos e significar a vida pelo afeto. Um aspecto da metodologia também foi ressaltado: a forma e o conteúdo dos encontros-ateliê, apoiando a escuta de professoras em formação por meio de fazeres artísticos-artesanais-corporais, além de validar um singular dispositivo para a pesquisa autobiográfica, legitimam um instrumento de formação que propicia mais do que um conhecimento de si, a prática de si.
Postado por Coordenação FIAR em 20/dez/2025 - Sem Comentários
OSTETTO, Luciana Esmeralda. Texturas da prática: narrativas de uma pedagoga sobre arte na formação docente. Revista GEARTE, [S. l.], v. 8, n. 2, 2021. DOI: 10.22456/2357-9854.117514. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/gearte/article/view/117514.
Educação e arte. Formação estética docente. Narrativas autobiográficas. Formação de professores. Curso de Pedagogia.
Como um mapa de saberes-fazeres desenhado com as marcas da memória de uma pedagoga, o artigo fala sobre experiências fertilizadas no encontro da educação com a arte, pelos territórios da docência e da pesquisa. A matéria advinda da rememoração de tempos, espaços, repertórios e práticas que constituem a história de formação e atuação profissional da autora dá a ver concepções e princípios sobre a presença da arte nos cursos de formação de professores, particularmente no curso de Pedagogia. Uma direção assumida no mapa traçado: a necessidade de desenhos curriculares que respeitem e acolham o professor em sua inteireza, que ofereçam espaço para a criação e a narrativa de si.
Postado por Coordenação FIAR em 16/nov/2025 - Sem Comentários
Como um desdobramento da pesquisa que colocou em diálogo educação infantil, arte, cultura e formação docente no território do extremo leste da cidade de São Paulo, este artigo visibiliza narrativas de práticas docentes que ultrapassam os muros da escola e caminham com as crianças ao (re)encontro com a arte e a cultura na periferia paulistana. Assumindo o caminhar como ato estético (Labbucci, 2013) e as abordagens (auto)biográficas (Bragança, 2018; Delory-Momberger, 2012; Josso, 2004) como mapas para o percurso teórico-metodológico, seguiu-se pelos caminhos da memória para localizar e organizar (guar)dados – como registros escritos, peças audiovisuais e fotografias – que contam histórias de experiências estéticas compartilhadas com crianças de uma Escola Municipal de Educação Infantil, no bairro Cidade Tiradentes, entre 2015 e o início de 2021. A caminhada, por veredas físicas e da memória, possibilitou a composição de um inventário poético, no qual as belezas do fundão da periferia da Zona Leste foram amplificadas, com a intensidade de encontros que só o andarilhar no território educativo-cultural, com as crianças, poderia oferecer. No inventário, constituído com imagens e palavras, elementos de um projeto de formação estética são enunciados, reafirmando que a arte, na Educação Infantil, precisa ter a força da formação estética, (con)fiada na escuta – das crianças e do território.

Postado por Coordenação FIAR em 29/out/2025 - Sem Comentários
Entre os dias 09 e 11 de julho de 2025 aconteceu, na Universidade Federal Fluminense, o III Seminário Rodas do FIAR, promovido pelo Círculo de Estudos e Pesquisa Formação de Professores Infância e Arte – FIAR. Um encontro preparado aos modos fiandeiros. Com sensibilidade e artesanias, ao som das melodias de Belchior ecoando nossas vozes, histórias e experiências no campo docente e da formação estética.
Postado por Coordenação FIAR em 16/maio/2023 - Sem Comentários
MELLO, Graziela Ferreira de. No álbum da memória: a cidade, a infância de professoras e a formação estética. 2021. 174f. Dissertação (Mestrado em Educação)- Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.
RESUMO:
Na legislação da Educação Infantil, os princípios estéticos figuram como diretrizes para a elaboração das propostas pedagógicas em creches e pré-escolas. Sendo assim, pensar a formação estética de professores que trabalham com as infâncias é uma demanda importante. A presente pesquisa pretende contribuir para a discussão sobre tal formação: ao tomar a cidade como campo de formação estética, investiga como o contato com os espaços da cidade em que um grupo de professoras cresceu, atuou em sua percepção e formação. Que espaços da cidade frequentavam quando crianças? Os equipamentos culturais e artísticos foram presentes em seus percursos? Que relações e experiências vividas com/na cidade consideram importantes para a formação de sua sensibilidade estética? A partir das memórias da autora com a sua cidade, atravessadas por imagens fotográficas capturadas pelas lentes de seu avô, a pesquisa vai em busca de narrativas docentes, para colocar em diálogo essas experiências e ampliar seus sentidos na jornada de formação. Com o aporte teórico-metodológico das abordagens (auto)biográficas e narrativas, os dados foram produzidos por meio de encontros com cinco professoras de Educação Infantil que atuam na cidade de Niterói/RJ e que passaram suas infâncias nesta cidade. Os encontros, marcados pela reinvenção, imposta pelos tempos pandêmicos que atravessamos, configuraram-se como conversas pelas janelas virtuais: para escutar as histórias de infância com/na cidade, as conversas foram realizadas via plataforma digital, em momentos diferentes, com cada uma das professoras. Buscou-se amplificar possibilidades de rememoração e narrativas de si por meio de imagens fotográficas da cidade e/ou das participantes na cidade. Gravadas e posteriormente transcritas, as conversas foram textualizadas e, inspiradas na escrita benjaminiana, principalmente no conjunto de textos Infância em Berlim por volta de 1900, foram organizadas em fragmentos de narrativas, pequenas crônicas. As histórias com/na cidade, capturadas na leitura atenta das narrativas partilhadas, foram entrelaçadas, constituindo fios de sentidos que revelam percursos de formação estética atravessados por diferentes espaços (de arte, de cultura ou junto à natureza), intimamente relacionados aos grupos de convívio a que pertencem e às suas práticas sociais, como frequentar um clube, brincar o Carnaval, participar de manifestações populares, ir à praia e a parques públicos.
PALAVRAS-CHAVE: Formação estética na cidade, Cidade e memória, Infância e cidade, Formação de Professores, Narrativas Autobiográficas.
Teses, dissertações e artigos produzidos por pesquisadoras e colaboradoras vinculados ao FIAR.