Postado por Coordenação FIAR em 16/nov/2025 - Sem Comentários
Como um desdobramento da pesquisa que colocou em diálogo educação infantil, arte, cultura e formação docente no território do extremo leste da cidade de São Paulo, este artigo visibiliza narrativas de práticas docentes que ultrapassam os muros da escola e caminham com as crianças ao (re)encontro com a arte e a cultura na periferia paulistana. Assumindo o caminhar como ato estético (Labbucci, 2013) e as abordagens (auto)biográficas (Bragança, 2018; Delory-Momberger, 2012; Josso, 2004) como mapas para o percurso teórico-metodológico, seguiu-se pelos caminhos da memória para localizar e organizar (guar)dados – como registros escritos, peças audiovisuais e fotografias – que contam histórias de experiências estéticas compartilhadas com crianças de uma Escola Municipal de Educação Infantil, no bairro Cidade Tiradentes, entre 2015 e o início de 2021. A caminhada, por veredas físicas e da memória, possibilitou a composição de um inventário poético, no qual as belezas do fundão da periferia da Zona Leste foram amplificadas, com a intensidade de encontros que só o andarilhar no território educativo-cultural, com as crianças, poderia oferecer. No inventário, constituído com imagens e palavras, elementos de um projeto de formação estética são enunciados, reafirmando que a arte, na Educação Infantil, precisa ter a força da formação estética, (con)fiada na escuta – das crianças e do território.

Postado por Coordenação FIAR em 16/nov/2025 - Sem Comentários
Palavras-chave: Registro, Documentação Pedagógica, Educação Infantil
Resumo
Este relato de experiência busca refletir sobre o ato do registro do educador da Educação Infantil, uma escrita permeada por suas observações e com suas provocações sobre as vivências junto às crianças de uma escola pública do município de Niterói/RJ, com crianças na faixa etária de 3 a 5 anos. Destacamos o registro escrito e fotográfico das interações das crianças com a argila e as sensações que foram manifestadas na experiência sensorial como possibilidade de partilhar o vivido, contextualizando a narrativa, mas também projetando situações pedagógicas desafiadoras, visto que a revisitação do cotidiano vivido junto às crianças é fundamental para refletir sobre o passado, e repensar as próximas ações, ou seja, planejar. Nesse processo, avaliar a organização do trabalho pedagógico aparece como uma das práticas essenciais da docência. Como recorte metodológico utilizamos a pesquisa narrativa (auto) biográfica em educação.
Postado por Coordenação FIAR em 29/out/2025 - Sem Comentários
DE MELLO, GRAZIELA FERREIRA; SILVA, Greice Duarte de Brito; NEVES, Maria Helena Helena Dantas dos Santos. OCUPAÇÃO VIRTUAL: DA FIAÇÃO DE PROPOSTAS À TRAMA ANTIRRACISTA. Revista Interinstitucional Artes de Educar, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 571–585, 2021
O presente texto apresenta a ocupação virtual desenvolvida por três fiandeiras-pesquisadoras, entre maio e setembro de 2020, na ação “Fiar com o FIARi na quarentena”. Realizada na página do grupo de pesquisa no Facebook, comoalternativa para suscitar o diálogo com professores e interlocutores diversos em tempos de suspensão, durante a crise da COVID-19. Da proposta “Fiar com propostas de educação antirracista”, destaca-se o papel da curadoria educativa e das narrativas (auto) biográficas como possibilidade de formação e ampliação de repertórios. Na direção de pedagogias vitais, a curadoria de conteúdo e forma inspirou outras estratégias interativas, ajudando a ressignificar afetos individuais e coletivos, tão importantes no caminho de engajamento contra o racismo.
Inscrito no diretório do CNPq como FIAR – Círculo de Estudo e Pesquisa Formação de professores, Infância e Arte. http://fiar.sites.uff.br/
Postado por Coordenação FIAR em 26/dez/2019 - Sem Comentários
Autoria: Patrícia Vieira Bonfim; Luciana Esmeralda Ostetto.
Resumo: Este texto focaliza narrativas corporais de professoras e bebês nos espaços e tempos de uma creche pública. No que se refere à metodologia, os dados foram gerados por meio de registros escritos e fotográficos visando capturar cenas de professoras e bebês em interação. Em um segundo momento foram realizados encontros com as docentes para conversas e análises sobre as cenas visíveis nos registros fotográficos suscitando narrativas outras. Os resultados revelaram que, em rotinas automatizadas focadas na realização de atividades fragmentadas, os corpos contidos das professoras e os corpos expandidos dos bebês desencontram-se, despotencializando as relações.
Palavras-chave: Narrativas corporais; Interações adultos e bebês; Creche.
Postado por Coordenação FIAR em 15/nov/2019 - Sem Comentários
Luciana Esmeralda Ostetto (Universidade Federal Fluminense — UFF, Niterói/RJ, Brasil) ; Maria Isabel Melo (Agrupamento de Escolas Manuel Ferreira Patrício — AEMFP, Évora, Portugal)
RESUMO — Na escola, na cidade, no museu: fazer e pensar artes visuais na educação infantil — Ao refletir sobre as artes visuais na Educação Infantil, o artigo parte de uma concepção teórica e prática de arte como um processo contínuo e cotidiano — que envolve pesquisar, experimentar, explorar materiais, ideias e possibilidades, projetar, realizar —, para então questionar a pertinência da expressão “ensino de arte” no âmbito na Educação Infantil. As questões conceituais são articuladas à prática docente, por meio de retratos dos fazeres e saberes construídos por um grupo de miúdos de 3 a 6 anos e sua educadora, em uma instituição de educação pré-escolar pública de Évora — Portugal. Tematiza a importância dos materiais, dos espaços e da experimentação que desencadeiam e/ou intensificam o pensamento criativo e a contribuição de visitas a museus e de passeios na cidade como oportunidades para aprender a observar, a refinar o olhar e potencializar os processos criativos e simbólicos das crianças. PALAVRAS-CHAVE Arte e Educação Infantil. Artes Visuais. Linguagens Expressivas. Educação Estética.
Postado por Coordenação FIAR em 18/maio/2019 - Sem Comentários
OSTETTO, Luciana Esmeralda
Download: http://proxy.furb.br/ojs/index.php/atosdepesquisa/article/view/7307/4197
RESUMO: Este artigo compartilha questões e caminhos de investigação trilhados por um grupo de pesquisa que estuda formação estética docente, arte e infância e assume os aportes teórico-metodológicos das abordagens (auto)biográficas como principais referências. Coloca em discussão concepções de estética, trazendo, para o campo da Educação, elementos que, tradicionalmente, localizam-se no âmbito da Arte e da Filosofia. Em diálogo com o analista James Hillman, para quem a estética diz respeito à necessidade vital de reconhecer a anima mundi, este texto dá visibilidade ao coração como órgão da percepção e lugar da imaginação. Tais ideias, retomadas da tradição filosófica fiorentina e defendidas pelo analista, ajudam a pensar que a formação estética envolve a mobilização do pensamento que passa pelo coração, e, na formação de professores, pode ser potencializada nos espaços para a escrita de si, fertilizando a (re)animação da vida, dentro e fora da docência: aisthesis. Palavras-chave: Arte. Educação Infantil. Formação estética docente. James Hillman. Pesquisa (auto) biográfica.
ABSTRACT This paper shares investigation issues and paths pursued by a research group that studies aesthetic in teaching education, art and childhood and assumes the theoretical and methodological contributions of (auto)biographical approaches as main references. It puts into discussion concepts of aesthetics, bringing to the field of Education elements that traditionally are located within the scope of Art and Philosophy. In dialogue with the analyst James Hillman, for whom aesthetics refers to the vital need to recognize the anima mundi, this text gives visibility to the heart as an organ of perception and place of imagination. Such ideas, taken from the philosophical tradition of Fiorentina and defended by the analyst, help to think that aesthetic education involves the mobilization of thinking that passes through the heart, and, during the education of teachers can be enhanced in the spaces for the writing of oneself, fertilizing the (re)animation of life, inside and outside of teaching: aisthesis. Keywords: Aesthetic teacher education. Art. (Auto)biographical research. Early Childhood Education. James Hillman.
Postado por Coordenação FIAR em 28/fev/2019 - Sem Comentários
Publicado em: Revista Educação e Cultura Contemporânea, v. 15, n. 41, 2018
Autoras: Luciana Esmeralda OSTETTO; Greice Duarte de Brito SILVA
Resumo: A legislação educacional brasileira prevê a inclusão da arte nos currículos desde a infância. Pergunta-se: a arte está na Pedagogia? Como ela está? Qual o contributo da arte aos cursos de formação docente para a Educação Infantil? Essas indagações impulsionam a reflexão sobre a presença e as formas de inserção da arte nos cursos de Pedagogia e na Educação Infantil. Se, por um lado, a inclusão de princípios estéticos nas diretrizes que regulamentam os cursos de formação de professores reafirma a necessidade de desenvolvimento e aprendizagens dos aspectos lúdicos e das linguagens expressivas para a docência, por outro lado, pesquisas recentes indicam a localização periférica da arte nos currículos, quando não sua total ausência. O artigo dá visibilidade a investigações que utilizaram os aportes teórico-metodológicos da pesquisa (auto)biográfica e discutiram a centralidade das dimensões estética e cultural como princípios formativos. A análise empreendida articula aspectos das determinações legais sobre formação de professores, questões conceituais e exigências da prática docente. As narrativas de professoras de Educação Infantil e os percursos de formação estética compartilhados nas referidas pesquisas, apontam elementos que contribuem para a reflexão sobre a formação docente, que deve garantir espaço-tempo para experimentação, expressão, criação, possibilidade e liberdade de movimento. Em espaços assim constituídos, mais do que em aulas de arte isoladas, cultiva-se a sensibilidade articulada ao pensamento, afirma-se caminhos de formação estética, que é sempre renovação do contato com o mundo – a natureza, a sociedade, a cultura, a arte.
Palavras-chave: Educação infantil. Educação estética. Arte. Narrativas autobiográficas.
Postado por Coordenação FIAR em 28/fev/2019 - Sem Comentários
Artigo publicado no periódico Laplage em Revista (Sorocaba), vol.4, n. Especial, set.- dez. 2018, p.23-37
Autoras: Carla Andréa CORRÊA; Luciana Esmeralda OSTETTO.
Resumo: Este texto propõe a discussão sobre a dimensão estética na formação docente. Traçado como um convite à busca de possibilidades outras para se pensar e fazer formação de professores para a Educação Infantil, este artigo traz a contribuição de autores que se ocuparam do tema, situado na interface constituída entre educação e arte. Ao preconizar a necessária formação estético-cultural docente, dá-se visibilidade às vozes de professoras de Educação Infantil que pensam a arte em seus percursos pessoais e profissionais, as quais enunciam seus desejos: como gostariam que a arte estivesse presente em suas vidas. Das vozes docentes, acolhidas no processo de uma pesquisa, ressoam desejos que afirmam a necessidade da arte e podem se constituir em parâmetros para a revisão e a proposição de cursos de formação inicial e continuada.
Postado por Coordenação FIAR em 20/ago/2018 - Sem Comentários
Ostetto, Luciana E. No novelo da memória, atravessamentos do sensível: tornar-se. Revista Digital Do LAV, 11(2), 166–191, 2018. https://doi.org/10.5902/1983734833904
Resumo: As histórias de vida e formação, como construções biográficas, são acessadas por meio de atos de memória e ganham nuanças peculiares no próprio processo de narrar-se, a medida em que o narrador caminha para si. Dentro de tal quadro compreensivo, o artigo é tecido com fragmentos de memórias que contam sobre itinerários de formação – ética, política, estética –, representativos da existencialidade da autora. Ao localizar atravessamentos sensíveis que contribuíram para a ampliação de seus repertórios artístico-culturais em diferentes temporalidades, dá visibilidade à formação estética como processo-projeto de elaboração de sentidos e produção da vida, na relação com a arte, a cultura e a natureza. Na fronteira entre educação e arte, trazendo à mostra traços de percursos singulares, desdobra-se em reflexão sobre a formação de professores.
Palavras-chave: formação estética, narrativas autobiográficas, educação e arte, formação docente.
Postado por Coordenação FIAR em 20/ago/2018 - Sem Comentários
Teses, dissertações e artigos produzidos por pesquisadoras e colaboradoras vinculados ao FIAR.